Um adolescente brasileiro fazendo intercâmbio numa ilha de 40.000 habitantes perdida no meio do Mar Báltico já é história suficiente para qualquer jornal. E foi mais ou menos por aí que fui notícia várias vezes nos periódicos dinamarqueses.
Não vou traduzir todos os textos, pois iria tomar muito tempo e espaço. Ao contrário, traduzirei apenas os títulos e alguns trechos interessantes de cada reportagem.

Brasileiro chega hoje em Aarsballe
Em 30 de julho, um dos maiores jornais da ilha, o Bornholmeren, fez uma pequena reportagem com minha família hospedeira, contando da sua experiência anterior com intercambistas e sobre a sua ansiedade em receber um brasileiro por um ano.

"Eu não sabia nada sobre a Dinamarca"
No dia 03 de agosto, uma pequena chamada na capa e uma reportagem de meia-folha no Bornholmeren novamente. O título foi meio apelativo, com uma frase minha fora do contexto, que deixou uma má impressão no começo. Mas no texto eu explico que estudei muito e entrei em contato com a Embaixada antes de chegar no país, portanto nem era tão grave assim. Coisas chocantes: a minha magreza, o tamanho dos óculos e meus planos para o futuro. Durante a entrevista, eu digo que quando voltar ao Brasil queria estudar Direito ou Química. Tá certo que fiz vestibular para Direito e Farmácia na volta, mas hoje sou um Relações Públicas muito feliz com minha profissão!

Capa da revista de Klemensker

Hernani queria ir para a Espanha, mas aportou em Aarsballe

Segunda página da reportagem na revista de Klemensker
No quarto mês, fui capa da revista mensal da cidade de Klemensker. O título da reportagem menciona o meu sonho de conhecer a Espanha, mas que apesar disso eu tinha parado numa cidadezinha de uma ilha no meio do Mar Báltico. No texto, o repórter se mostra espantado com o meu aprendizado do idioma em tão pouco tempo, e quais foram as minhas primeiras impressões sobre o país: o sol se por às 8 e meia da noite foi a maior delas, e o meu problema com o vento constante e o frio. Destacou-se a minha expectativa em ver neve no inverno, pois eu nunca havia vivido essa experiência. Ao final, eu prometo mandar um texto sobre o Brasil assim que aprendesse a escrever em dinamarquês. Para falar a verdade, não faço ideia se cumpri a promessa, pois não tenho nenhuma cópia da edição nos meus guardados…

Uma semana inteira de América Latina na Escola de Klemensker

"Hermani", uma grande ajuda
Em janeiro, a Escola de Klemensker recebeu outros 7 intercambistas de países latinoamericanos, para a sua “Semana Temática”. Trata-se de uma semana onde toda a vida escolar gira em torno de um tema, e nesse ano foi a América Latina. Nós fomos a várias salas de aula para falar sobre nossos países, cultura, folclore, ensinar um pouco da língua, dar aulas de danças típicas, ensinar a fazer alguns pratos, e ao final uma grande festa de confraternização. O jornal destacou a minha ajuda em todas as etapas do evento, desde o seu planejamento (nascia ali um RP?), apesar de escreverem meu nome errado…

Sistema Escolar Sueco é o Melhor
Quando passamos uma semana em “mini-intercâmbio” na Suécia (essa história será contada em um post futuro), também saímos no jornal da cidade de Sölvesborg. Entrevistaram a Ceren, da Turquia, que como todos nós ficou muito impressionada com o sistema escolar público da Suécia, ainda melhor que o da Dinamarca.

Festa de Despedida do AFS em Ibsker
Em 19 de junho de 95, durante a nossa “festa de despedida”, o maios jornal da ilha – Bornholms Tidende – fez uma visitinha e pegou um apanhado geral da nossa experiência, em que falamos da escola, do clima frio, das pessoas com quem fizemos amizades e das mudanças que nossas vidas teriam a partir dali. Aquilo em cima da minha cabeça É o meu cabelo… foi o máximo que a minha rebeldia capilar adolescente atingiu. Ainda bem que as pessoas evoluem!!!
Se alguém quiser autógrafo, favor entrar em contato com a minha empresária…
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